Jorge Sampaio criticou as declarações do
ex-director da PJ em relação ao arquivamento do caso Maddie. «O que eu
acho verdadeiramente insólito, do ponto de vista das instituições e do
prestigio que temos que defender perante o estrangeiro, é que o antigo
director da PJ, Procurador-Geral adjunto, venha criticar o arquivamento
quando ele esteve a gerir esse processo e pressuponho que a constituição
de arguido não lhe foi desconhecida por inteiro. Acho isto uma coisa
espantosa do ponto de vista de tirar o tapete aos colegas sucessores do
cargo. Isto não há democracia que justifique», disse em entrevista à
Sic.
O ex-Presidente da Republica disse ainda que é importante defender as instituições judiciárias portuguesas. «São gente altamente capacitada, gente que não é corrupta. Pode enganar-se porque o processo é pesado, mas há gente séria nisto», adiantou.
Sampaio criticou ainda a forma como os primeiros dias do caso foram conduzidos no que diz respeito às relações com a comunicação social. «Surpreendeu-me que não houvesse nos primeiros 20 dias uma política de relações públicas, que o Código do Processo Penal não proíbe, perante o delírio de carros de exteriores, tablóides por toda a parte. A dificuldade de explicar ao sistema inglês o sistema português não foi assumida e devia ter sido. Esse vazio, a meu ver, colocou o prestígio do país numa situação muito difícil».
Em relação ao livro de Gonçalo Amaral, o ex-Presidente considera que «se ele tem esta tese, ou é apenas uma tese da sua conjectura ou tem dados factuais importantes para a reabertura desta instrução», então deve apresentá-los «e não deixar aqui um aroma de desvios, de conotações aparentemente políticas que são também graves para o país».
«É insólito que um senhor, que com certeza está zangado, por ter sido afastado da investigação» não seja chamado a depor, afirmou.
O IOL PortugalDiário lembra que o processo sobre o desaparecimento de Maddie foi arquivado e que Kate e Gerry McCann, tal como Robert Murat, deixaram de ser arguidos a partir do dia 21 de Julho. Os pais de Maddie também já fizeram saber que vão processar o ex-PJ Gonçalo Amaral na sequência da publicação do livro «Maddie: Verdade da Mentira».
O ex-Presidente da Republica disse ainda que é importante defender as instituições judiciárias portuguesas. «São gente altamente capacitada, gente que não é corrupta. Pode enganar-se porque o processo é pesado, mas há gente séria nisto», adiantou.
Sampaio criticou ainda a forma como os primeiros dias do caso foram conduzidos no que diz respeito às relações com a comunicação social. «Surpreendeu-me que não houvesse nos primeiros 20 dias uma política de relações públicas, que o Código do Processo Penal não proíbe, perante o delírio de carros de exteriores, tablóides por toda a parte. A dificuldade de explicar ao sistema inglês o sistema português não foi assumida e devia ter sido. Esse vazio, a meu ver, colocou o prestígio do país numa situação muito difícil».
Em relação ao livro de Gonçalo Amaral, o ex-Presidente considera que «se ele tem esta tese, ou é apenas uma tese da sua conjectura ou tem dados factuais importantes para a reabertura desta instrução», então deve apresentá-los «e não deixar aqui um aroma de desvios, de conotações aparentemente políticas que são também graves para o país».
«É insólito que um senhor, que com certeza está zangado, por ter sido afastado da investigação» não seja chamado a depor, afirmou.
O IOL PortugalDiário lembra que o processo sobre o desaparecimento de Maddie foi arquivado e que Kate e Gerry McCann, tal como Robert Murat, deixaram de ser arguidos a partir do dia 21 de Julho. Os pais de Maddie também já fizeram saber que vão processar o ex-PJ Gonçalo Amaral na sequência da publicação do livro «Maddie: Verdade da Mentira».
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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